Artigo escrito por Pedro Torres, CEO da Plan4Privacy
Agora que já sabe como se proteger de um ciberataque em sua casa, e como prevenir estes ataques em ambiente empresarial, queremos falar-lhe sobre roubo de identidade e esquemas informáticos.
Com a nossa vida, cada vez mais, digitalizada, o risco de ter os seus dados pessoais roubados, aumentou substancialmente.
Sabia que em 2018, dos 15 mil roubos de identidade registados em Portugal, mais de metade foram online? E que, com o início da pandemia de COVID-19, este crime aumentou exponencialmente?
Isto quer dizer que deve parar de comprar online ou deixar de utilizar a internet? Claro que não. Pode e deve continuar, porém, é essencial saber como evitar este tipo de situações.
O primeiro passo é saber analisar a veracidade da informação que recebe ou do remetente. Tenha especial atenção se receber emails ou mensagens com as seguintes caraterísticas:
• Emails onde os remetentes se identificam com sendo identidades governamentais e que solicitam informação pessoal ou financeira, muitas vezes com a desculpa de um problema com algum dado seu que é necessário confirmar. Desconfie! Mesmo que o endereço eletrónico pareça altamente credível.
• Contactos de pessoas que se apresentem como membro da família ou um amigo de alguém seu conhecido, e que necessitem de saber determinada informação sobre si ou sobre terceiros.
• Pedidos de doações para instituições de solidariedade ou para patrocinar um estudo ou pesquisa científica.
• Comunicações que contenham algum tipo de ligação suspeita. Normalmente, neste tipo de situações, a ligação é apresentada como sendo a forma de confirmar algum dado, para o levantamento de uma oferta ou o prémio ou para ter acesso a uma informação, supostamente importantíssima para o seu bem-estar.
MUITO IMPORTANTE:
É muito recorrente que este tipo de criminoso, recorra a situações ou problemas de conhecimento público para tornar o seu esquema mais fiável. Por exemplo, nesta altura de pandemia, qualquer email cujo o assunto ou a abordagem fale da COVID-19, torna-se credível, no entanto a probabilidade de ser fraude é elevadíssima. Se não conhecer o remetente, NÃO ABRA!
Para além da importância em fazer este tipo análise, existem alguns comportamentos que deve optar para se proteger. Tome nota:
• Verificação de dois passos ou autenticação multifator: ao ativar esta funcionalidade; em que lhe será pedido mais um passo ou dado, para além da introdução da palavra-passe; protegerá os seus dados e tornar-se-á mais difícil alguém conseguir aceder à sua informação, email ou redes sociais, etc.
• Palavras-passes pouco óbvias e software atualizado: como já vimos nos artigos anteriores, tenha cuidado na escolha das suas passwords. Não use dados pessoais. Opte por combinações, preferencialmente longas e que não o identifique de alguma forma. Ative as definições de segurança nos seus equipamentos e tenha o software sempre atualizado.
• «Cadeado»: No início da barra do endereço da página na qual se encontra, confirme a existência do ícone de cadeado ou se este está verde, isto significa que se encontra a navegar numa conexão segura.
• Wi-Fi gratuito: sempre que utilizar uma rede gratuita e aberta, como por exemplo numa loja ou café, evite entrar em sites que requeiram passwords, dados bancários ou registo de dados pessoais. Se o fizer, corre sérios riscos que esses mesmo dados fiquem acessíveis a qualquer pessoa.
• Escreva o endereço das páginas na barra: se possível, evite copiar o URL (Uniform Resource Locator), ou seja, o endereço do site; da sua caixa de correio ou aceder às páginas através desta ligação. Escreva o endereço completo na barra. É mais seguro.
Estas são algumas dicas muito simples, que aconselhamos que adote no momento de navegar no mundo digital. Como poderá ver, não precisa de deixar para trás ou abdicar das muitas vantagens que a internet nos trouxe, basta saber utilizá-la com a prudência necessária.
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